Sissinghrust Castle, 16/03/1941
Você pode se lembrar que alguns meses atrás eu fiquei preocupada com uma carta que havia escrito para você. Ela se perdeu, e eu não sabia o que havia acontecido com ela.
Bem, eu encontrei-a sob um monte de papel, por isso aqui está, muito fora de moda agora, mas eu vou enviar tudo a mesma coisa para provar a minha boa-fé. Abri-la e lê-la novamente e, embora seja pouco vale a pena enviar agora, tanto tempo depois que ela foi escrita, eu mando tudo a mesma coisa. Estou feliz que tenha aparecido.
Recebi uma carta de você hoje. Sim, claro que idiota você é, isso perturba-me, vê-la ou ouvir sua voz. Eu te odeio por ter esse efeito sobre mim. Sofro sabendo que se eu fosse derrepente ver uma fotografia de você, seria perturbar-me, pelo menos por 24 horas.
Maldita você! ter mordido profundamente em minha alma. Eu te amo eternamente no caminho estranho que ambas percebemos. Isso não significa que eu confio em você, ou nunca iria me comprometer com você novamente. Eu sei melhor do que agora. Mas eu te amo.
Foi bastante estorninho, a sua carta dizendo: nossa história deve ser escrita. Apenas meia hora antes de o carteiro chegar com sua carta, eu tinha sido tocado por alguém dizendo que eu simplesmente preciso escrever um romance sobre o assunto. Objetei o exemplo repugnante de um Poço Da Solidão e foi dito (com razão) que eu poderia fazê-lo de forma diferente. O que é verdade. Eu poderia fazer diferente!
Será que podemos (eu e você) colaborar?
Não, eu não acho que podíamos. Seria um livro de uma pessoa
Eu sinto que é um assunto grande e novo eu gostaria de fazê-lo. Os sentimentos vívidos que sofreram durante toda a minha vida daria uma história que, dele valha a pena.
Como eu gostaria de falar com você sobre isso. Muito desapaixonadamente e com toda a inteligência objetiva que você e eu poderiamos dar para ele. Eu só desejo que eu poderia confiar em mim mesma (e você) para vir e ficar com você de novo. Mas, eu não, então não vou.
Sua Mitya
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